Para Ela o Adeus Não Existe...

Daquele álbum de fotos guardei apenas as fotos que mais me importavam. Escolhi por somente o encanto que podiam me trazer. Realmente, é ruim, descartar uma infância para trás e escolher sentimentos incompreensíveis e sorrisos medidos, enquanto naqueles anos, uma piada sem graça, garantia gargalhadas e amizades. Às vezes penso se por alguma hipótese, minha infância tivesse se despedido completamente. Claro, completei meus quinze anos há poucos dias e claramente me lembro da infância, porque sei que ela ainda está próxima, e por isso, ainda não lhe deu seu devido "adeus".
De fato, o que eu mais me reserva da infância, são momentos que basearam sorrisos e abraços. Como é bom reviver todos os meus aniversários que duraram até meus 8 anos; é aconchegante lembrar das manhãs que acordava cedo e, com meu cobertor caminhava até a sala para ver desenhos; de ir para a escola e cantar músicas antes dos lanches; das minhas tardes preparando comidinhas e deixando aos encantos, uma casinha de madeira; lembrar dos castelos na areia, e a amizade dos brinquedos.
E ainda que tudo isso fosse um conto de fadas, a infância foi minha melhor companhia. Eu pude aprender sob suas brincadeiras, a verdadeira felicidade, e o que menos quero é que ela se parta completamente. 
Por mim, guardarei as melhores fotos para ter em alcance os momentos que se foram e, se algum dia me perguntar onde estiver a felicidade, saberei que ela está exatamente nos momentos que somos nós mesmos, sem qualquer dúvida ou pensamentos estranhos...

E apenas quando fechamos o livro de contos, percebemos que tudo acabou, mas que sempre existe um final feliz: a infância não se despede de nós para sempre e conseguimos revivê-la a qualquer momento. 

"Esse texto faz parte da blogagem coletiva promovida no Depois dos Quinze"